quarta-feira, 31 de março de 2010

Descanse em paz Armando Nogueira

Caros amigos,
comunico a todos que acompanham o nosso blog, que toda a equipe do desporteblog está de luto. Na manhã desta segunda-feira (30/03), o grande mestre da crônica esportiva, Armando Nogueira, morreu de cancêr aos 83 anos, em sua casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A SUDERJ organizou uma grande homenagem no velório do jornalista, que se iniciou ontem às 13:00 horas e terminou hoje às 11:00. O governo do Estado do Rio de Janeiro decretou luto oficial de três dias, assim como Ricardo Teixeira, presidente da CBF, ressaltando que todos os jogos da Copa do Brasil realizados nesta quarta-feira deverão respeitar um minuto de silêncio. O Botafogo que ganhou do Boavista ontem por 4 X 1, entrou em campo de luto e foi respeitado um minuto de silêncio em homenagem ao jornalista, que era torcedor doente do alvi-negro carioca.
Nascido em 14 de janeiro de 1927, no Acre, Armando Nogueira se mudou para o Rio de Janeiro ainda antes de atingir a maioridade, e logo depois começou a trabalhar com o jornalismo. E logo se destacou entre os jornalistas tendo papel fundamental no desenvolvimento do jornalismo no Brasil. Começou sua carreira de Jornalista na década de 50 no "Diário Carioca", em 1966 integrou a equipe da "Rede Globo", onde teve passagem marcante que durou 25 anos, sendo um dos responsáveis pela criação do "Jornal Nacional". Logo após sua saída da emissora, passou a se dedicar exclusivamente ao esporte, escreveu dez livros, e por último trabalhou no "Diário Lance", onde foi colunista. Também fez a cobertura de todas as copas do mundo a partir de 1950, 15 no total, além das Olímpiadas de Barcelona, quando trabalhava na "Bandeirantes".
Seus livros, com textos poéticos e crônicas que divinizavam os grandes craques do futebol, como Pelé, Garrincha, Zico, Nilton Santos e Rivelino entre outros, se destacaram muito pela maneira como escrevia sobre o esporte de uma forma diferente e original. São dez livros no total: "Drama e glória dos Bicampeões", "Na grande área", "Bola na rede", "O homem e a bola", "Bola de Cristal", "O voo das gazelas", "A copa que ninguém viu e a que não queremos lembrar", "O canto dos meus amores", "A chama que não se apaga" e "A ginga e o jogo".
A morte de Armando Nogueira foi, com certeza, uma grande perda para o jornalismo brasileiro e para todos nós, amantes do esporte. Mas para min o "Poeta do Esporte" estará sempre conosco, pois seu trabalhou se eternizou na história do esporte nacional, nos pés de Pelé, na história das copas do mundo, enfim, em todas as suas crônicas muito bem elaboradas. Até hoje lembro do primeiro livro do mestre que li: "Na grande área", e desde então comecei a procurar e ler seus livros, e me encantei com todo o talento de Armando Nogueira, consequetemente também me abalei com a notícia de ontem a que me referi nesse texto.
Que descanse em paz o "Poeta do esporte", em nome de todos os colaboradores desse blog.
"Heróis são reféns da glória. Vivem sufocados pela tirania da alta performance"
ARMANDO NOGUEIRA

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